Por EVANDRO CARLOS PAVANETE.
Formado em Ciência da Computação. Criador de conteúdo digital.
A vitamina B3, também conhecida como niacina, é uma das oito vitaminas do complexo B essenciais para o funcionamento adequado do corpo. Ela desempenha um papel fundamental em várias funções metabólicas e está envolvida em processos que ajudam o organismo a converter alimentos em energia.
A deficiência de vitamina B3 pode levar a uma condição conhecida como pelagra, caracterizada pelos “4 D’s”:
Outros sinais de deficiência podem incluir cansaço, irritabilidade e depressão.
A niacina é encontrada em vários alimentos, tanto de origem animal quanto vegetal. Entre as melhores fontes estão:
A suplementação de niacina, ou vitamina B3, é frequentemente utilizada por suas propriedades benéficas, especialmente em relação ao controle do colesterol. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado devido aos possíveis efeitos colaterais e riscos associados a doses altas.
Existem diferentes formas de niacina disponíveis no mercado, e cada uma tem implicações distintas:
Mesmo diante dos benefícios à saúde, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado devido aos possíveis efeitos colaterais e riscos associados a doses altas de niacina. Riscos e efeitos colaterais incluem:
A niacina é um dos nutrientes mais eficazes para melhorar o perfil lipídico. Ela ajuda a aumentar os níveis de colesterol HDL (o “bom”) e a reduzir os níveis de colesterol LDL (o “ruim”) e triglicerídeos. Esse efeito pode ajudar a prevenir o acúmulo de placas nas artérias, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares. Por isso, a niacina é muitas vezes prescrita em doses terapêuticas para pessoas com problemas de colesterol.
A vitamina B3 desempenha um papel vital na conversão de alimentos em energia. Ela faz parte de coenzimas essenciais, como NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) e NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato), que participam das reações bioquímicas de produção de energia no corpo. Esse processo ajuda a garantir que o organismo tenha a energia necessária para realizar suas funções diárias de maneira eficaz.
A niacina ajuda a manter a integridade da pele, tornando-a mais resistente a danos e inflamações. Estudos mostram que formas de niacina, como a nicotinamida, podem melhorar a barreira cutânea, reduzir a vermelhidão e tratar condições como acne e rosácea. Além disso, sua ação anti-inflamatória e de fortalecimento da pele a torna útil em tratamentos dermatológicos.
A niacina é essencial para o funcionamento do sistema nervoso e para manter a saúde cerebral. Ela participa da síntese de neurotransmissores e contribui para a manutenção da memória e das funções cognitivas. Deficiências de vitamina B3 podem levar a problemas neurológicos, como confusão mental e até demência, especialmente em casos de pelagra.
A vitamina B3 é importante na saúde do sistema digestivo, ajudando na produção de ácido clorídrico no estômago e facilitando a digestão dos alimentos. A niacina também contribui para a absorção de nutrientes essenciais, garantindo que o corpo possa aproveitar ao máximo os benefícios dos alimentos consumidos.
A niacina tem propriedades anti-inflamatórias que ajudam a combater a inflamação crônica, uma condição associada a várias doenças, como artrite e condições autoimunes. A ação anti-inflamatória da niacina se dá por meio da modulação de vias que envolvem moléculas sinalizadoras e a regulação da resposta imunológica, promovendo a saúde geral.
Além de melhorar os níveis de colesterol, a niacina pode ajudar na vasodilatação, ou seja, no relaxamento e na expansão dos vasos sanguíneos. Esse efeito pode melhorar a circulação sanguínea e reduzir a pressão arterial, o que é benéfico para a saúde do coração e ajuda a prevenir complicações cardiovasculares.
Confira na tabela 20 alimentos ricos em vitamina B3 (niacina) e a quantidade média do nutriente por 100g de alimento:
Nutriente | Quantidade |
---|---|
Fígado bovino | 16,7 mg |
Peito de frango | 14,8 mg |
Atum enlatado, em água | 14,2 mg |
Salmão | 8,5 mg |
Carne de porco (lombo) | 10,5 mg |
Peru | 10 mg |
Amendoim | 12,9 mg |
Peito de peru | 9,3 mg |
Truta | 7,9 mg |
Arroz integral | 5,2 mg |
Cordeiro | 6,5 mg |
Cogumelos shiitake | 4,9 mg |
Fígado de frango | 9,7 mg |
Anchova | 19,9 mg |
Carne moída bovina magra | 5,8 mg |
Semente de girassol | 4,5 mg |
Lentilha | 2,6 mg |
Abacate | 1,9 mg |
Batata-doce | 1,5 mg |
Espinafre | 0,6 mg |
Observações: