Os sais minerais são substâncias inorgânicas essenciais para o funcionamento adequado do organismo humano. Eles desempenham um papel fundamental em diversas funções biológicas, como a formação dos ossos e dentes, regulação do equilíbrio hídrico, funcionamento muscular, transmissão de impulsos nervosos e muitas outras atividades metabólicas.

Eles são vitais para a manutenção do equilíbrio interno do corpo (homeostase). Um desequilíbrio, seja por deficiência ou excesso, pode levar a diversos problemas de saúde, como desidratação, cãibras musculares, doenças cardíacas e ósseas, entre outros. É importante manter uma dieta balanceada e diversificada para garantir a ingestão adequada de todos os minerais essenciais.

A saúde está diretamente ligada à presença adequada desses nutrientes no corpo. Para garantir uma boa saúde, é fundamental ter uma alimentação rica em alimentos naturais, evitando o excesso de sódio e garantindo uma ingestão equilibrada de outros minerais essenciais.

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Sais minerais

Conheça um pouco sobre cada um dos sais minerais, bem como sua função no organismo, onde encontrá-los e problemas acarretados pela deficiência dos mesmos.

Cálcio

• Função: Essencial para a formação e manutenção de ossos e dentes, coagulação do sangue, contração muscular e transmissão de impulsos nervosos.
• Fontes: Leite e derivados, vegetais de folhas verdes (como espinafre), sardinha, tofu.
• Deficiência: Pode causar osteoporose (perda de massa óssea), cãibras musculares e fragilidade nos ossos.

Fósforo

• Função: Importante para a formação dos ossos e dentes, além de participar na produção de energia (ATP) e na síntese de proteínas.
• Fontes: Carnes, peixes, ovos, leguminosas.
• Deficiência: Pode levar a fraqueza muscular, problemas ósseos e dificuldade de crescimento.

Magnésio

• Função: Envolvido em centenas de reações enzimáticas, incluindo a síntese de proteínas, funcionamento dos músculos e nervos, regulação da pressão arterial e controle da glicose no sangue.
• Fontes: Vegetais verdes, nozes, sementes, grãos integrais.
• Deficiência: Pode causar cãibras, fadiga, hipertensão e arritmias.

Sódio

• Função: Regula o equilíbrio de fluidos no corpo, ajuda na função nervosa e muscular e mantém a pressão sanguínea.
• Fontes: Sal de cozinha, alimentos processados.
• Excesso: O consumo excessivo pode aumentar a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares.

Potássio

• Função: Essencial para a função muscular, incluindo a do coração, além de regular o equilíbrio de fluidos e a pressão arterial.
• Fontes: Frutas (banana, laranja), vegetais, batatas, feijão.
• Deficiência: Pode causar fraqueza muscular, arritmias cardíacas e fadiga.

Ferro

• Função: Componente essencial da hemoglobina (proteína que transporta oxigênio no sangue) e da mioglobina (nos músculos).
• Fontes: Carnes vermelhas, fígado, feijão, vegetais de folhas verdes.
• Deficiência: Pode levar à anemia ferropriva, que causa cansaço, fraqueza e dificuldade de concentração.

Zinco

• Função: Importante para o sistema imunológico, síntese de proteínas e cicatrização de feridas.
• Fontes: Carnes, mariscos, sementes de abóbora, nozes.
• Deficiência: Prejudica a imunidade, pode causar queda de cabelo, problemas de pele e retardo no crescimento.

Iodo

• Função: Essencial para a produção dos hormônios da tireoide, que regulam o metabolismo.
• Fontes: Sal iodado, frutos do mar, laticínios.
• Deficiência: Pode levar a bócio (aumento da glândula tireoide) e ao hipotireoidismo, com sintomas como ganho de peso e cansaço.

Selênio

• Função: Atua como antioxidante, protege as células contra danos, e é importante para o funcionamento da tireoide.
• Fontes: Castanha-do-pará, carnes, frutos do mar.
• Deficiência: Pode causar fraqueza muscular e problemas no sistema imunológico.

Flúor

• Função: Importante para a mineralização de ossos e dentes, ajudando a prevenir cáries e fortalecendo o esmalte dentário.
• Fontes: Água fluoretada, chá, peixes, alimentos processados com água fluoretada.
• Deficiência: Pode aumentar o risco de cáries dentárias e fragilidade óssea.
• Excesso: Pode causar fluorose, uma condição que leva a manchas e desgaste no esmalte dos dentes, e, em casos graves, problemas ósseos.

Cobre

• Função: Envolvido na formação de hemoglobina e colágeno, além de atuar no metabolismo do ferro e ter função antioxidante. Também participa na produção de energia e no funcionamento do sistema nervoso.
• Fontes: Fígado, frutos do mar, nozes, sementes, grãos integrais, chocolate.
• Deficiência: Pode levar à anemia, problemas no sistema nervoso e enfraquecimento do sistema imunológico. Em crianças, pode causar problemas de crescimento e desenvolvimento ósseo.
• Excesso: O acúmulo excessivo de cobre pode causar intoxicação, levando a danos no fígado, rins e sistema nervoso.

Cromo

• Função: Atua na regulação do metabolismo da glicose, aumentando a sensibilidade à insulina, e pode ajudar no controle dos níveis de açúcar no sangue.
• Fontes: Carnes, grãos integrais, nozes, brócolis, frutas.
• Deficiência: Relativamente rara, mas pode causar problemas no controle da glicose no sangue, contribuindo para o desenvolvimento de resistência à insulina e até diabetes tipo 2.
• Excesso: O excesso de cromo na forma de suplementos pode causar problemas gastrointestinais e afetar negativamente a função hepática e renal.

Enxofre

• Função: O enxofre é essencial para a síntese de proteínas, pois faz parte de aminoácidos importantes como a cisteína e a metionina. Também está envolvido na formação de tecido conjuntivo, como cartilagens, e participa na desintoxicação do organismo, além de ser necessário para a produção de antioxidantes, como o glutationa.
• Fontes: Alimentos ricos em proteínas, como carnes, peixes, ovos, leguminosas (feijão, lentilhas) e alho, cebola, brócolis, couve-flor.
• Deficiência: Deficiências de enxofre são raras, já que ele está amplamente presente em proteínas alimentares. No entanto, uma ingestão inadequada de proteínas pode comprometer funções ligadas ao enxofre, como a síntese de proteínas e a desintoxicação.
• Excesso: Geralmente, o enxofre em excesso é eliminado do corpo sem causar danos, mas grandes quantidades podem, em casos raros, irritar o trato digestivo e causar desconfortos gastrointestinais.