
São alguns de seus benefícios à saúde:
Por EVANDRO PAVANETE.
Criador de conteúdo digital.
A pimenta-do-reino (Piper nigrum) é uma das especiarias mais utilizadas no mundo, amplamente apreciada pelo seu sabor picante e aroma característico. Ela é originária da Índia, especialmente da região de Malabar, e é cultivada em diversos países de clima tropical. É conhecida como a “rainha das especiarias” por sua importância histórica e gastronômica.
A especiaria é rica em compostos bioativos, sendo a piperina o principal responsável pelo sabor picante e pelos efeitos funcionais. Possui em sua composição as vitaminas C e A, e também minerais como ferro, cálcio, magnésio e potássio.
Condimento versátil, a pimenta-do-reino é utilizada em carnes, peixes, sopas, saladas, molhos e massas. Deve ser adicionada preferencialmente ao final do preparo para preservar o aroma. A pimenta moída na hora oferece sabor mais intenso.
O consumo excessivo pode causar irritação gastrointestinal em pessoas sensíveis.
Pacientes com gastrite, úlcera ou hemorroidas devem evitar altas quantidades.
Pode interagir com medicamentos, alterando sua absorção (ex.: alguns fármacos metabolizados pelo fígado).
Confira os valores nutricionais aproximados para uma porção de 100g de pimenta-do-reino em pó:
| Nutriente | Quantidade |
|---|---|
| Calorias | 251 |
| Carboidratos | 63,95 g |
| Proteínas | 10,39 g |
| Gorduras totais | 3,26 g |
| Fibra alimentar | 25,3 g |
| Açúcares | 0,64 g |
| Cálcio | 443 mg |
| Ferro | 9,71 mg |
| Magnésio | 171 mg |
| Fósforo | 158 mg |
| Potássio | 1.329 mg |
| Sódio | 20 mg |
| Zinco | 1,42 mg |
| Vitamina C | 21 mg |
| Vitamina K | 163,7 µg |
A pimenta-do-reino estimula receptores gustativos que sinalizam ao estômago para produzir mais ácido clorídrico e enzimas digestivas. Isso tende a acelerar o esvaziamento gástrico e a digestão de proteínas, reduzindo sensação de estufamento e gases em muitas pessoas. Em pequenas quantidades, pode atuar como “carminativa”, ajudando na eliminação de gases.
A piperina, principal alcaloide da pimenta, aumenta discretamente a termogênese (produção de calor) e o gasto energético pós-refeição. O efeito é modesto — não “queima” gordura sozinha —, mas pode somar com dieta equilibrada e atividade física. Em receitas salgadas, combinar pimenta com proteínas magras e legumes potencializa a saciedade do prato.
Compostos fenólicos e terpenos presentes no grão (como cariofileno e limoneno) neutralizam radicais livres, protegendo lipídios, proteínas e DNA do estresse oxidativo. Na cozinha, usar pimenta moída na hora ajuda a preservar esses voláteis aromáticos e seus efeitos.
A piperina modula vias celulares ligadas à inflamação (como NF-κB), o que pode reduzir marcadores inflamatórios em estudos experimentais. Na prática, isso se traduz em um tempero que, usado regularmente e em doses culinárias, contribui para um padrão alimentar anti-inflamatório — especialmente se combinado com outros ingredientes como cúrcuma, azeite e verduras.
A piperina pode inibir enzimas e transportadores intestinais (ex.: P-gp) que “expulsam” compostos antes de serem absorvidos. Por isso, ela é famosa por aumentar a absorção de fitoquímicos como a curcumina da cúrcuma. Em receitas, juntar cúrcuma + pimenta-do-reino (e uma fonte de gordura) é uma dupla culinária clássica para aproveitar melhor esses compostos.
Extratos e óleos essenciais de pimenta mostram efeito contra bactérias e fungos em testes laboratoriais, o que ajuda a explicar por que especiarias eram (e são) usadas na conservação e na segurança de alimentos. Embora não substitua boas práticas de higiene, o tempero pode contribuir para reduzir a carga microbiana em preparos quentes.
A pimenta intensifica aromas e a percepção de “profundidade” do prato. Ao realçar o sabor, muitas pessoas conseguem diminuir o sódio sem perder prazer ao comer. Tente finalizar legumes assados, ovos, sopas e grelhados com pimenta moída na hora para reduzir a necessidade de sal.
Pesquisas preliminares sugerem que a piperina pode melhorar a sensibilidade à insulina e o metabolismo de glicose e lipídios. Os efeitos em humanos, quando existem, são sutis e dependem do conjunto da dieta. Ainda assim, incluir pimenta como parte de refeições ricas em fibras, grãos integrais e proteínas magras é uma estratégia coerente.
O caráter pungente pode estimular secreções nasais e salivar, ajudando a “desobstruir” momentaneamente as vias aéreas durante resfriados leves. Uma sopa quente finalizada com pimenta-do-reino moída pode proporcionar sensação de alívio — não é tratamento médico, mas pode melhorar o conforto.
A pimenta-do-reino possui ótimas quantidades de capsaicina, um composto termogênico que acelera o metabolismo, estimulando a queima de gordura corporal e favorecendo o emagrecimento.
2 filés de peito de frango (aprox. 300 g)
2 colheres (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 dente de alho picado
½ colher (chá) de sal
½ colher (chá) de pimenta-do-reino preta moída na hora (ou a gosto)
Raspas de ½ limão (opcional)
Raminhos de salsa ou cebolinha para decorar